terça-feira, 31 de agosto de 2010

Toca um Vivaldi aí!

Bem, meu amigo Pedro Henrique me falou sobre a idéia de um blog e me consultou sobre escrever algo pra que ele pudesse postar, e talvez eu pudesse de vez em quando falar sobre diversos assuntos que são do meu interesse como Arte (principalmente Música), Filosofia, Mitologia ou Religião e Ciência. Hoje quero falar sobre música.

A música sem dúvida, interrelacionou-se durante toda a história com os interesses ou sentimentos da época referida, o que se pode deduzir disso, que não se trata de meros sons relativamente agradáveis a alguns, e sim uma linguagem a qual expressa sentimentos, emoções.

Muitas vezes algumas pessoas nos interrogam sobre o motivo do nosso agrado por uma determinada música com uma letra em uma língua que não conhecemos a fundo, a resposta é simples, não se trata de poesia, e sim de música, não é pra se entender e sim pra se sentir. Acontece que a grande massa, não tem satisfatória sensibilidade musical pra senti-la, e necessita essencialmente de uma letra para entender, e poder tirar algo dali.

Diferente da evolução científica e moral (sim, moral, ela não é relativa), que sempre foi no sentido do progresso, a música que vemos a ser escutada pela massa hoje, comparada a outrora perdeu a sua essência. A música deixou de ser música, mas devo a contrapartida esclarecer que ainda existem verdadeiros artistas, mas infelizmente não valorizados pela pobre mídia, que movida pela sede de dinheiro, dedica-se ao entretenimento da massa.

O que faz uma música ser boa ou ruim de fato (além de opiniões ou gosto próprio), é o sentimento que ela excita, sendo nobre ou pobre. É bastante difícil falar sobre sentimentos nobres ou pobres em uma sociedade que acredita na relatividade moral e na inexistência da perfeição, mas quero deixar claro que usando a lógica e experimentações históricas, esse é um pensamento equivocado. Não quero que pensem que sou alguém que desrespeita opiniões alheias, mas, acreditando no que acredito, eu seria hipócrita se falasse como se o que penso não é a verdade. Mas deixemos esse assunto para outra oportunidade.

Sentimentos nobres são aqueles que despertam algo benéfico em todos os aspectos, como o amor, reerguimento depois de grande dificuldade, tranqüilidade, alegria e etc. Pobres, aqueles que trazem malefícios em todos os aspectos, como a depressão, a sexualidade desordenada, o rancor, a tristeza, o desrespeito ao próximo e etc.

Uma prova de que até um tempo atrás, a música era melhor compreendida é o fenômeno de ser mais valorizada a música apenas instrumental com emoções apenas ligadas a música de fato, mas deixo claro que de a voz é o mais perfeito instrumento, porque pode criar sons ou formas sonoras melhores modeladas e o mais parecido com o desejo do músico.

A música existe desde os tempos primitivos e em todos os povos do globo, povos sem qualquer relação, o que demonstra que ela existe na própria essência genética ou além-material, o que foge do nosso conhecimento científico atual. Ao decorrer do tempo ela passou de sons desconexos pra canto selvagem, ritual de acasalamento ou religioso, já acompanhou guerras, e muitos textos de povos antigos apresentam a música como atividade ligada à metafísica, a religião ou a coisas sagradas, até chegar ao que é hoje, normalmente como forma de entretenimento artístico ou até terapia.

Pra finalizar e mostrar um pouco sobre a história da música eu gostaria de colocar a ordem cronológica da evolução musical começando da antiga Grécia até as vanguardas do século XX. Afinal, uma música vale mais do que mil palavras.



Grécia Antiga



Pré-Renascentista



Renascentista



Barroca I



Barroca II



Clássica I



Clássica II



Romântica



Vanguardista (século XX)

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

So we heard you like inceptions... [A Origem - 2010]

"You're asking me for Inception. I hope you do understand the gravity of that request." - Dom Cobb


Muitos de vocês já devem ter assistido ao novo filme de Christopher Nolan, Inception (em português, A Origem). E se você não assistiu ainda, eu recomendo (com grande pesar) que não leia esse post, já que o conteúdo serão algumas impressões pessoais sobre o filme, o que envolve uma grande quantidade de spoilers.

Bem, eu não vou parar pra explicar os detalhes do filme, porque além de não ser meu objetivo, sei que não conseguiria fazê-lo tão bem quanto este post do Brincanagem. Eu pretendo mesmo é expor algumas de minhas teorias, que podem coincidir com as de algum site ou blog por aí - apesar de ter gostado muito do filme, não busquei muito o que ler sobre ele -, ou não.
Primeiramente, eu preciso dizer que, a menos que eu esteja esquecendo algum injustamente, esse foi o melhor filme a que eu assisti (pela primeira vez) desde Batman, O Cavaleiro das Trevas, e serem do mesmo diretor é apenas coincidência, porque eu dou quase nenhuma importância ao diretor quando vou assistir a um filme, por mais sem-sentido que isso possa ser. Eu vi o filme 2 vezes, e a segunda foi ainda melhor que a primeira, acompanhada de uma série de arrepios ao passo em que a história se aprofundava.

Pois bem, vamos às conclusões e/ou impressões:
1 - A questão principal do filme, apesar de parecer ser uma trama secundária, é na verdade a "inserção" que a Ariadne (Ellen Page) faz na mente do Cobb (DiCaprio). Isso, quer tenha sido proposital ou não, pra mim é inegável que aconteceu: Cobb não conseguia se livrar da culpa que sentia pela morte de Mal (Marion Cotillard), sua esposa, e isso perturbava muito seu subconsciente, o que nos sonhos fazia com que uma projeção malígna dela aparecesse pra sabotar a missão dele e tentar convencê-lo a se matar pra "encontrá-la de novo". Pois bem, no final ele consegue confrontá-la e, aparentemente, se libertar da culpa e do tormento, e a influência de Ariadne nisso fica bastante clara ao longo do filme, com a insistência dela em descobrir que idéias o assombravam e as sugestões de que ele não era realmente culpado e que precisava de ajuda de alguém que conhecesse essa situação, que fosse ela ou que contasse ao Arthur (Joseph Gordon-Levitt), seu parceiro. A dúvida é se Ariadne fez isso de propósito ou sem querer querendo, o que entra na teoria que vem a seguir.

2 - Ao aceitar a proposta de Saito (Ken Watanabe), Cobb se dedica a montar uma nova equipe, começando pelo arquiteto (nesse caso, arquiteta). Ele vai ao encontro de seu sogro, Miles (Michael Caine), e pede que lhe indique um candidato que pudesse ser tão bom quanto ele (Cobb) fora antes da morte de Mal. Miles lhe diz então, após um breve diálogo sobre as motivações, convicções e impecílios de Cobb, que conhecia alguém ainda melhor, e o apresenta a Ariadne. Bem, com base na conclusão número 1 desse post, eu acredito que talvez essa inserção feita por Ariadne na mente de Cobb tenha sido "encomendada" pelo próprio Miles, para que o genro pudesse se livrar de seus transtornos e voltar para uma vida normal com seus filhos. Indo mais além, é possível ainda, que tudo, desde o encontro com Saito e a proposta de inserção, faça parte do plano de Miles. Mas realmente faltam informações no filme que nos permitam concluir contra ou a favor dessa(s) teoria(s).

3 - Após introduzir Ariadne ao conceito de sonhos compartilhados (se é que ela realmente ainda não conhecia), Cobb viaja para Mombasa, pra recrutar Eames (Tom Hardy), o forjador, e após uma cena de perseguição, os dois, acompanhandos de Saito, vão ao encontro de Yusuf (Dileep Rao), o químico. Cobb explica que precisaria de um sedativo poderoso para dar estabilidade a um sonho de 3 camadas (um sonho dentro de um segundo sonho dentro de um terceiro sonho), e Yusuf diz que poderia partir de um composto que ele já utilizava ali mesmo, todos os dias, em pessoas que pagavam para dormir por algumas horas, e poder sonhar em conjunto, pois haviam tomado os sonhos como realidade, e não conseguiam mais viver sem aquilo. Após presenciar tal situação, Cobb concorda em testar o composto em si mesmo e nós o vemos sonhar com Mal. Após isso, Cobb aparentemente acorda, mas depois de lavar o rosto no banheiro, ele testa seu totem, pra garantir que estava acordado, só que Saito o apressa, e o totem cai, não revelando se era um sonho ou realidade. Na primeira vez que assisti, não dei muita atenção, e ao final não consegui lembrar com certeza, mas quando vi pela segunda vez, confirmei: após essa cena, Cobb só volta a utilizar o totem na última cena, que como sabemos, é cortada tão logo o pião começa a tremer. Daí minha teoria de que talvez ele jamais tenha acordado desde o teste do sedativo até o final do filme. Isso também me faz crer na possibilidade de uma continuação. E não, eu não tenho medo de que façam um segundo filme e que seja ruim, porque o primeiro continuará o mesmo, e eu escolho ignorar ou não o outro.

4 - Considero infrutíferas quaisquer discussões sobre o final da história ser A ou B, porque após pensar bastante, não consegui identificar nada que prove definitivamente um ou outro, mas só pra ficar registrado, na minha opinião, aquilo já era a realidade (desconsiderando a teoria anterior), tanto pelo fato de Cobb não estar usando a aliança com a qual ele sempre aparecia durante os sonhos, quanto pelo fato dos filhos dele estarem mais velhos - muita gente acha que não, mas foram creditados 2 atores de idades diferentes pra representar cada um dos filhos, 2 pra Phillipa e 2 pro James, chequem o IMDB. Em todo caso, depois de assistir ao filme pela segunda vez, essa se tornou a menor das minhas preocupações.

5 - Toda essa confusão poderia ter sido facilmente evitada:
- Eu vou implantar uma idéia enquanto você sonha, pra poder rever meus filhos nos EUA.
- Por que não pedir pro Michael Caine levá-los pra França de avião?


Pois bem, meus caros, sintam-se livres pra debater minhas teorias e sugerir as suas.

domingo, 29 de agosto de 2010

Abertura

Olá, caros amigos. Nesse post introdutório, irei apenas apresentar meus motivos pra criar o blog e, consequentemente, (pouquíssimas) informações sobre mim.
Alguns de vocês talvez me "conheçam" pelo Twitter, outros sejam amigos pessoais, e é possível (vai saber, né) que alguém nunca tenha sequer falado comigo. A todos vocês, peço paciência com os primeiros posts,  voltem mais vezes antes de decidirem se vale a pena.
Agora sobre a motivação: pra começar, são quase 5 horas da manhã, e poderão ser mais de 5 quando eu terminar. Foi mais ou menos assim: eu senti vontade de falar com alguém, mas a essa hora, não tive perspectivas satisfatórias (não creio que haja alguém acordado com quem me interesse conversar agora, e muito menos disponível). Desapontado, fiquei com vontade de escrever alguma coisa, mas a chance de alguém ler no Twitter é ainda menor do que aqui, eu acho, e portanto, resolvi experimentar a delícia (eventualmente, utilizarei palavras de cunho humorístico, e ainda não decidi se vou usar algum recurso pra sinalizar isso, mas esse é um exemplo) de escrever num blog.
Não tenho um objetivo certo pra isso aqui, mesmo porque acabou de me ocorrer a idéia de começá-lo, mas de início, as postagens serão, acredito, apenas de impressões ou reflexões pessoais, sobre o que quer que seja.
O título do blog configura um jogo deveras numeroso de palavras - algumas das quais talvez ocorram só a mim, difícil saber se minhas impressões são válidas ou não, às vezes-, mas o foco está realmente em "post" e algo no sentido de "não-pretensioso". Eu sou realmente aficionado por coisas assim (jogos de palavras, referências, sutilezas) e escrevendo sei que posso aplicá-las - e assim desejo -, mas sempre que possível, tentarei explicar de alguma forma, se eu achar que ficou misterioso, ambíguo ou pessoal demais.
Eu confesso que não sei nada sobre escrever em blogs, já que nunca o fiz, então se houver algum segredo acerca da condução do texto, do conteúdo, da divulgação, do tratamento ou quaisquer outros elementos, eu ainda hei de descobrir, ou não.
No fim - ou quem sabe já desde o começo -, se isso aqui se tornar uma página não lida, não acessada por ninguém além de mim, que seja, mas por enquanto vejamos como funciona, não é?
Então, camaradas, fico por aqui e espero desenvolver um ritmo de postagens logo mais. Um abraço, e voltem sempre!

PS: Nunca simpatizei com a idéia de colocar fotos minhas em avatares e nem tenho fotos pra colocar, portanto não o farei por enquanto, não até me sentir confortável o suficiente, e continuarei assinando como SkeleThor, mas meu nome é Pedro Henrique. Obrigado pela compreensão, ou não.
Além disso, quem chegar a ler esse texto, se tiver sugestões, críticas (ainda é cedo pra isso, não?), dicas, qualquer comentário realmente, por favor publique, ou mesmo me contate pelo Twitter, MSN, a fonte que preferir.